Vícios
Todo vício é um hábito, mas nem todo hábito é um vício. O vício é algo que compromete a sua saúde, suas relações, ou ambos. O vício está conectado com um problema que impede alguém de levar uma vida feliz e produtiva. Não existe o vício químico, o que existe é o hábito ligado ao efeito recompensa do cérebro. Todo comportamento compulsivo, assim como o vício, tem a finalidade de fuga ou compensação.
No meu ponto de vista - Todo comportamento compulsivo é um vício, pois o mesmo se refere a um hábito repetitivo e prejudicial a saúde.
Os jogos já são considerados um vício, então por que seria diferente com a pornografia?
Segundo Johann Hari, em seu livro, "Na fissura: Uma história do fracasso no combate às drogas", tudo o que sabemos sobre o vício em substâncias químicas está errado.
Diamorfina é heroína - E o mais surpreendente é que diamorfina é muito mais forte do que a própria heroína.
Johann
Hari faz a seguinte suposição; digamos que você passasse a usar diamorfina, durante 20 dias, 3 vezes por dia, o que você acha que
aconteceria?
Logicamente você deve estar concluindo que ficaria viciado, não é mesmo?
Logicamente você deve estar concluindo que ficaria viciado, não é mesmo?
Contudo, não é o que acontece com pessoas que sofreram graves acidentes, onde a diamorfina é aplicada diretamente na corrente sanguínea dos pacientes servindo como analgésico.
Então por que os pacientes não ficam viciados?
Em uma jornada de 3 anos pesquisando sobre o assunto, Johann Hari conheceu Bruce Alexander, professor universitário em Vancouver.
O professor Alexander explicou para Johann Hari que a concepção que muitos têm sobre o que causa um vício está equivocada, pois muito do que sabemos surgiu em parte devido a testes realizados no início do século XX, alias, um experimento simples que pode ser replicado em sua casa.
O teste consistia em colocar um rato em uma gaiola fechada e dois recipientes com água, um dos recipientes continha heroína/cocaína e o outro apenas água.
No experimento o rato sempre optava pela água com droga e, quase nunca bebia do recipiente só com água, até que acabava morrendo rapidamente.
Johann Hari destaca ainda que, nos anos 70, o professor Alexander analisando tal teste percebeu uma coisa importantíssima; o experimento foi realizado com o rato em uma gaiola fechada, onde ele não tinha nenhum estimulo sequer e consequentemente só podia recorrer a substância para sentir prazer.
Então Alexander resolveu recriar o experimento, no entanto, a diferença seria que agora o rato estaria em uma gaiola cheia de outros estímulos, ou seja, montaram o paraíso dos ratos (Ratolândia), agora ele tinha uma gaiola com comida, brinquedos, amigos e fêmeas para acasalar a vontade.
Quer saber o que aconteceu neste novo experimento?
Os ratos simplesmente ignoraram a água com heroína/cocaína, pois agora eles tinham todos os estímulos necessários para uma vida saudável e equilibrada.
Contudo, o professor Alexander pensou que poderia ser diferente com seres humanos.
Felizmente, na mesma altura, estava acontecendo um teste com seres humanos na Guerra do Vietnã, em que 20% das tropas americanas estavam utilizando heroína em excesso. Logicamente pensava-se que, todos os soldados estariam viciados quando a guerra acabasse.
Apesar disso, não foi o que aconteceu.
No final da guerra estes soldados estavam sendo monitorados e, já em suas casas, 95% pararam de usar a substância. Pois agora estavam em um ambiente saudável, ao lado de seus amigos, família, etc.....
Se realmente existisse a dependência química, logicamente isso não teria acontecido.
Pessoas que pensam em suicídio, no fundo não querem morrer, elas apenas querem fugir da dor. Alguns, antes de tentarem o suicídio recorrem as drogas, porém a mesma é só um paliativo, gera um efeito momentâneo de bem estar, onde cada vez mais a pessoa cria uma "dependência", um vínculo e conforme o cérebro se tornar tolerante, irá exigir que o usuário aumente as doses até o efeito desejável.
Johann Hari, destacou as palavras de Peter Cohen, professor na Holanda, em o mesmo disse - Talvez não devêssemos chamar de dependência, mas sim de adesão, pois nós seres humanos temos a necessidade de criar laços, de socializarmos.
Inclusive, o escritor e palestrante motivacional Simon Sinek faz um adendo sobre vícios e comportamento, que as pessoas estão cada vez mais conectadas com tecnologia e menos conectadas com a vida real, estão solitárias, se tornaram viciadas. Segundo Simon, precisamos criar conexões verdadeiras com as pessoas.
Pessoas que pensam em suicídio, no fundo não querem morrer, elas apenas querem fugir da dor. Alguns, antes de tentarem o suicídio recorrem as drogas, porém a mesma é só um paliativo, gera um efeito momentâneo de bem estar, onde cada vez mais a pessoa cria uma "dependência", um vínculo e conforme o cérebro se tornar tolerante, irá exigir que o usuário aumente as doses até o efeito desejável.
Johann Hari, destacou as palavras de Peter Cohen, professor na Holanda, em o mesmo disse - Talvez não devêssemos chamar de dependência, mas sim de adesão, pois nós seres humanos temos a necessidade de criar laços, de socializarmos.
Inclusive, o escritor e palestrante motivacional Simon Sinek faz um adendo sobre vícios e comportamento, que as pessoas estão cada vez mais conectadas com tecnologia e menos conectadas com a vida real, estão solitárias, se tornaram viciadas. Segundo Simon, precisamos criar conexões verdadeiras com as pessoas.
O vício não é só uma válvula de escape ou uma fuga da dor, mas também uma compensação por algo que está em desequilíbrio em nossa vida. Muitas vezes o que realmente precisamos é de uma conexão verdadeira e recíproca com outras pessoas.
Você consegue perceber que uma vida em desequilíbrio facilita a procura por substancias ilícitas e comportamentos compulsivos.
Nas palavras do professor, psiquiatra e escritor Augusto Cury, devemos aprender a dar mais valor para as coisas simples da vida, pois o seu sucesso não depende do quanto você é famoso. A fama não trás felicidade. Não se deixe enganar por esse mundo superficial.
Seguindo o raciocínio de Augusto Cury, podemos afirmar que pessoas que ficam famosas, muito assediadas tem o cérebro alterado de alguma forma. Pois a fama e o excesso de atenção também vicia. E se, mesmo por alguns dias ou momentos elas não são "curtidas", entram em pânico.
A fama pode se tornar uma armadilha para uma vida feliz, pois evapora a simplicidade, esmaga a sensibilidade, invade a privacidade. Há muitos famosos tristes e deprimidos. Lute pelo sucesso e não pela fama. Se a fama vier, dê pouca importância a ela. Augusto Cury
Seguindo o raciocínio de Augusto Cury, podemos afirmar que pessoas que ficam famosas, muito assediadas tem o cérebro alterado de alguma forma. Pois a fama e o excesso de atenção também vicia. E se, mesmo por alguns dias ou momentos elas não são "curtidas", entram em pânico.
E é a mais pura verdade. Sem conexão = vício = compensação.
Por isso a maioria dos humanos não são viciados. Pois estamos em uma "Ratolândia", modesta, porém mais verdadeira do que a "Ratolândia" dos famosos, que é superficial, fútil e interesseira.
Isso explica, pelo menos em parte, porque alguns famosos acabam recorrendo ao suicídio.
A dependência química realmente não existe, mas sim o comportamento compulsivo em busca da obtenção de prazer, da dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação viciante.
Todo hábito compulsivo deverá ser substituído por outro que seja saudável. Clique Aqui para Saber Mais.
A dependência de algo, ou o comportamento compulsivo é um sintoma ligado a adaptação do meio em que você vive.
Voltando a pornografia
Óbvio que muitas vezes o problema não é com o excesso de pornografia, muitas vezes o que existe é a culpa. Alguns pesquisadores defendem que não existe o vício em pornografia e que o problema maior está ligado a moralidade, conflitos internos referente aos nossos valores, crenças, etc.....
Esse conflito interno pode ser prejudicial para saúde do consumidor de pornografia, todavia o problema não é só esse,
existem inúmeros relatos em fóruns,
blogs, sites, etc..... Onde pessoas viciadas em pornografia relatam fadiga, irritabilidade, falta de foco e motivação, ansiedade, dificuldade com ereção e muitas vezes, o sexo convencional deixa de ser prazeroso, assim como
o drogada ou o alcoólatra, o viciado em pornografia também necessita de aumentar as "doses" de pornografia. O usuário começa a ir atrás de estímulos novos, para que o
cérebro gere o efeito recompensa, pois ele já criou uma certa tolerância ao conteúdo assistido. Tem vários relatos onde homens
mudaram o gosto sexual e começaram acessar outro tipo de conteúdo pois o antigo não lhes dá mais prazer.
Inclusive eu não estou fora disso, sei por experiência própria.
Tá, mas e as pessoas que trabalham com pornografia?
Bom, muitos profissionais defendem que o psicólogo/psiquiatra não deve acreditar que o problema da pessoa seja com sua profissão relacionada ao sexo (Garota(o) de programa, ator pornô, etc.....)
Concordo que muitas vezes a pessoa não está ali para isso, pois vive do sexo e este mesmo indivíduo pode estar totalmente confortável com isso.
Quero deixar bem claro aqui que não estou defendendo o fim da pornografia, mas sim que devemos ter autoconsciência de comportamentos compulsivos que estão prejudicando nossa vida.
Não estou dizendo que você nunca deva assistir a pornografia, se você está bem com isso e assiste de vez em quando para relaxar, tudo bem, o
problema existe quando o usuário relata sintomas prejudiciais a saúde e
continua consumindo sem conseguir parar.
Eu também
não estou dizendo que a masturbação não seja saudável, muitos
profissionais defendem a pratica, pois ajuda no relaxamento, em conhecer
os limites do próprio corpo, isso de certa forma irá facilitar as relações sexuais com outras pessoas. Eu entendo perfeitamente
as "vantagens" da masturbação, tanto para homens quanto para mulheres, o problema é o comportamento compulsivo que está alterando o cérebro do indivíduo.
A pornografia
aliada com a masturbação gera esse efeito viciante em que, o consumidor
pode deixar de fazer coisas importantes para acessar tal conteúdo. E o que irá definir se você está viciado ou não, será a constância do seu comportamento e se o mesmo está prejudicando outras áreas de sua vida.
Muitas
homens vem sofrendo com o excesso de pornografia em suas vidas, da
mesma forma que os indivíduos que possuem compulsão alimentar, jogos, etc..... Tem
vários relatos de pessoas que prejudicaram suas vidas porque esse comportamento passou dos limites.
O vício químico não existe realmente, inclusive eu falo isso no meu e-book, a química demora no máximo alguns meses para ser totalmente eliminada do organismo, o que fica é o hábito enraizado, isso que gera o vício em si.
A base de todo vício de todo comportamento compulsivo está relacionada com o efeito recompensa do cérebro.
Entenda que é importante que você viva em um ambiente equilibrado, crie sua própria "ratolândia". Quanto mais equilibrado for sua vida, menos você irá recorrer a vícios que destruam sua saúde e prejudiquem suas relações com as pessoas que você tanto ama.
Entenda que é importante que você viva em um ambiente equilibrado, crie sua própria "ratolândia". Quanto mais equilibrado for sua vida, menos você irá recorrer a vícios que destruam sua saúde e prejudiquem suas relações com as pessoas que você tanto ama.
A regra é simples - Sem prejuízo, sem vício. Quer estejamos falando sobre pornografia, redes sociais, jogos de azar, compras, etc.....
Equilíbrio e força de vontade são essenciais para você ter uma vida saudável .
Obs: Todos os motivos porque você deve acabar com o vício em pornografia. Artigos sobre dopamina e alteração cerebral. Descubra porque sua depressão, ansiedade, fobia social, etc, pode estar relacionada com o excesso de pornografia.
Acesse o link: https://www.yourbrainonporn.com/pt/tools-for-change-recovery-from-porn-addiction/rebooting-basics-start-here/
2 Comentários
Sou viciada em amar.
ResponderExcluirAmar está liberado!! kkkkkk
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