Depressão


 

Depressão

 

O que é a Depressão? 


Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, a depressão é uma doença que afeta seu comportamento e como você se sente. Os sintomas variam entre tristeza profunda e perda de interesse em atividades corriqueiras. Com ela pode surgir diversos outros problemas emocionais ou físicos. 

A depressão não é um estado fixo, ou seja, seu humor pode variar. A mesma também é dividida em níveis. 

Conforme a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os sintomas podem ser categorizados como leve, moderado a grave. 

Todos nós em algum momento da vida já ficamos muito tristes, porém isso não quer dizer que você estava com depressão. A depressão é uma alteração que acontece em seu cérebro, onde seu comportamento deixa de ser o mesmo e você entra em uma espiral de emoções negativas. Podendo em casos mais sérios levar ao suicídio.

Depressão é um assunto muito discutido, no entanto nem sempre levado a sério. Esse transtorno mental muitas vezes não é tão aparente e muitos acabam achando que é frescura. 

Minha experiência com a depressão

Há alguns anos eu tive uma críse profunda de depressão. É uma sensação horrível, você perde a vontade de viver, nada mais lhe dá prazer, nem as coisa que costumavam dar.

Em alguns momentos cheguei a "flertar" com o suicídio, não cheguei no nível de tentar alguma coisa, mas eu queria me desligar da vida, não estava me importando se deixasse de existir de uma hora para outra. Às vezes me imaginava me "desplugando do mundo".

Falta de prazer, falta de sentido, flertar com o suicídio; são os sintomas mais comuns e visíveis em pessoas diagnosticadas com depressão. 

Minha experiência com medicamentos depressivos 

Na época, eu evitei tomar medicamentos, não por mim, mas porque minha mãe achava melhor eu tentar curas alternativas. Então, comecei a usar medicamentos homeopáticos. Eu sinceramente não sei se isso ajuda ou não, pois existe muita controvérsia a respeito do assunto.

Com o uso contínuo do medicamento aliado com exercícios físicos e terapia eu acabei melhorando. Vou repetir que, não tenho certeza se a homeopatia contribuiu  ou não com o meu estado mais positivo ou foi apenas o efeito placebo.

Mas se você tiver interesse sobre o assunto, eu utilizei florais. É um composto feito de plantas e flores. O tratamento consiste em ingerir pequenas quantidades no dia (gotas). 

Já o problema com remédios químicos e, acredito que seja assim com a maioria dos pacientes - é que muitas vezes você fica de cobaia até que a medicação seja apropriada ou a dose seja a correta para seu organismo.

Eu não tive uma boa experiência com medicamentos.

Eu cheguei a tomar fluoxetina, fiz o uso durante 3 meses, pois estava sofrendo com efeitos colaterais e por isso tive que parar de utilizá-la.

Contudo tem muitas pessoas que relatam melhoras fazendo o uso de medicamentos depressivos. O problema é quando o efeito desejado não acontece, que foi o meu caso.

Eu também acreditava que o medicamento poderia ser milagroso, infelizmente para mim não foi, percebo que, os medicamento podem ajudar de certa forma, porém não são mágicos.

Conforme um artigo da Revista Brasileira de Psiquiatria, no site Scielo, "fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais participam da gênese da depressão."

Apesar de ficar bem claro que o distúrbio se concentra mais e a probabilidade é muito maior em determinadas famílias, o artigo deixa claro que, a grande dificuldade é destacar o fenótipo. Isso quer dizer que eles não tem o diagnóstico exato do que causa o transtorno.

Entretanto, conforme o número de investigações, foi possível comprovar que há  fatores genéticos fazendo que indivíduos sejam mais suscetíveis a depressão.

Segundo o artigo do Eneuro, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, ou seja, o próprio fluoxetina que citei, ajudam aliviar os sintomas da depressão, mas não são eficientes para aumentar o interesse em atividades que normalmente são ou eram prazerosas, pois isso está relacionado ao neurotransmissor dopamina e não a serotonina.

Isso faz até mais sentido, porque os viciados perdem o interesse e substituem as atividades pelo vício que está relacionado com o aumento da dopamina (efeito recompensa do cérebro). 

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No mesmo artigo da Eneuro, relataram que indivíduos depressivos possuem menor quantidade de uma determinada proteína "p11". 

Estratégias terapêuticas que aumentam a função de p11 podem ter um impacto na eficácia antidepressiva no alívio da anedonia.

Testes realizados com camundongos foram capazes de reverter o comportamento depressivo. 

Eu acredito que fazendo o uso das mesmas estratégias seja possível tratar pacientes viciados. O artigo não falou nada a respeito, mas como existe o alívio da anedonia, fazendo com que o cérebro volte a ser recompensado com atividades simples, deduzo que, naturalmente ajudará o viciado a deixar de procurar o vício.

Anedonia é a incapacidade de sentir prazer, está intimamente ligada a falta de interesse em atividades que costumavam ser prazerosas. De acordo com o artigo existe uma associação entre anedonia e casos de suicídio, abuso de substâncias e esquizofrenia. 

Com isso eu posso concluir que, boa parte dos indivíduos que recorrem a vícios já se encontravam em um estado depressivo. No entanto, isso não quer dizer que todo indivíduo viciado começou porque tinha sintomas relacionados a anedonia. 

A depressão tem cura? 

Sim, de acordo com o site American Psychological Association, "a depressão é uma doença curável através de terapia e medicação antidepressiva."

É importante que você saiba que, muitas vezes só a medicação não irá ter os efeitos desejados, tu precisará aliar isso com a inclusão de exercícios físicos e se necessário, um acompanhamento terapêutico.

Crie objetivos que sejam fáceis de serem alcançados, cada meta alcançada irá fazê-lo se sentir melhor. Perceba que quando você não consegue ou deixa de realizar algo, cria um sentimento de culpa que acaba fortalecendo o estado depressivo.

Não espere que só os medicamentos sejam o suficientes, em alguns casos até pioram a situação. Há vários relatos de indivíduos que fazem o uso de antidepressivos por um bom tempo, até mesmo anos e dizem não estarem satisfeitos com o uso.

Esteja disposto a mudar de médico se achar necessário.

Depressão é um estado mental e seu corpo pode criar a química necessária para você sair deste estado. Infelizmente não é algo mágico, ou fácil, isso exige dedicação da sua parte. Você irá precisar incluir em sua rotina atividades que alterem o seu estado. E isso é possível não só com medicamentos, mas também com exercícios físicos e terapia.

O exercício parece funcionar bem porque muda a fisiologia que o estado de espírito traz: a depressão é um estado de baixo estímulo e a ginástica põe o corpo em alta estimulação. Pelo mesmo motivo, técnicas de relaxamento põem o corpo num estado de baixa estimulação, funcionam bem para a ansiedade um estado de baixa estimulação, mas não tão bem para a depressão. Daniel Goleman; Inteligência emocional.

Para que o tratamento seja eficiente, se você já estiver fazendo o uso de anti depressivos, será essencial que você concilie com outros métodos que deverão ser introduzidos em sua rotina (novos hábitos).

Meditação, hipnose, exercícios físicos são alguns dos métodos que irão ajudá-lo.

Lembrando que, atividade física é para a vida toda. Sedentarismo só irá piorar seu estado e trazer novas complicações. 
 
Irei deixar um link de um site onde você pode fazer um teste simples para saber se possivelmente tu tenha um nível de depressão ou não. É importante que você não se apegue muito ao resultado, pois é apenas para tirar dúvidas. É plausível que o teste não acerte sua situação atual, então, não "encuque" com o resultado. Faça o teste de forma lúdica, mas com muita atenção para que os dados relatados sejam o mais próximo possível de sua realidade atual. Em todo caso, não deixe de consultar um médico. 

Link para o teste - https://www.psycom.net/depression-test/

Meu intuito era escrever algo mais conciso, no entanto, depressão é um assunto muito complexo e extenso com diversos fatores potencializadores e isso dificulta o resumo.

Enfim, espero que essas informações sejam úteis de algum forma. Grande abraço!




Fontes:
https://www.apa.org/search.aspx?query=depression

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500004
http://www.eneuro.org/content/6/2/ENEURO.0105-19.2019
https://www.psychiatry.org/patients-families/depression/what-is-depression
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5635:folha-informativa-depressao&Itemid=1095

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1 Comentários

  1. Você disse bem. Depressão não é frescura. E ao contrário do que se pensa, os fatores psicológicos e emocionais, muitas vezes são consequências e não as causas da depressão. Parabéns.

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